Por que Medianeira?
A cidade de Medianeira (PR), localizada a apenas 40 minutos de Foz do Iguaçu, virou palco da AveSui – Feira da Indústria Latino-Americana de Aves e Suínos desde o ano de 2018. A proximidade do produtor rural e das principais cooperativas do setor foram alguns motivos pela escolha.
Além é claro da proximidade de importantes aeroportos, pontos turísticos como as Cataratas do Iguaçu e também uma das melhores e mais modernas estruturas de evento da região. Ambiente climatizado, com o que há de mais novo em segurança, tratamento acústico, estrutura de palco, salas para seminários e estacionamento amplo e gratuito.
A escolha estratégica de Medianeira como sede da feira se deve à sua proximidade dos centros de produção de proteína animal. “Com uma indústria eficiente e mais de 21 mil aviários e participação de 34% na produção brasileira, além de ser responsável por 40% das exportações de aves do país, a região mostra a sua relevância e destaque na cadeia avícola”, comenta o secretário de Agricultura do Paraná, Noberto Ortigara.
Norberto Ortigara – Secretário Estadual da Agricultura e do Abastecimento do Paraná
Centro de produção de aves, suínos e grãos
Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul deverão manter a liderança nacional na produção de aves de corte em 2023 e aumentar as exportações. Depois de enfrentarem o período difícil da pandemia do novo coronavírus, os estados projetam a ampliação das exportações e da demanda interna, apesar do aumento dos custos de produção, provocado pela oscilação dos preços dos grãos e pela alta dos fertilizantes. No primeiro trimestre deste ano, o Paraná foi responsável por 33,5% dos abates no país, e Santa Catarina por 13,2%.Em 2021, os três estados responderam por 67,62% das exportações brasileiras de carne de frango, que atingiram 4,6 milhões de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O Paraná foi responsável por 40,38% das exportações, Santa Catarina por 22,95% e o Mato Grosso do Sul por 4,29%. Juntos, os estados concentraram 53,18% do total de 14,3 milhões de toneladas produzidas no país. O Paraná é o maior produtor de carne de frango do Brasil, com destaque para as cooperativas da região Sudoeste.
Na suinocultura, Santa Catarina é o maior produtor do Brasil, seguido pelo Rio Grande do Sul. Em seguida aparecem Paraná e Mato Grosso do Sul. Em 2021, os três estados foram responsáveis por 56,26% das 4,7 milhões de toneladas produzidas no país, mas Paraná e Santa Catarina responderam por 65,62% das exportações brasileiras, que atingiram 1,1 milhão de toneladas, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A produção de grãos e a proximidade com o Paraguai e a Argentina facilitam a expansão do negócio. Em 2021, o Paraná produziu 19,8 milhões de toneladas de soja e 9,3 milhões de toneladas de milho, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Nos países vizinhos, o volume de milho chegou a 13 milhões de toneladas colhidas, e a produção de soja foi de 55,7 milhões de toneladas, de acordo com dados oficiais.
Logística
Uma promessa para os próximos anos é a Nova Ferroeste, cujo leilão deverá ser realizado no segundo semestre de 2023, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Segundo o projeto, a ferrovia terá 1.567 km e vai passar por 66 municípios dos três estados, ligando Maracaju (MS) ao Porto de Paranaguá. Um dos ramais previstos ligará Cascavel e Foz do Iguaçu, possibilitando o transporte de carga da Argentina e do Paraguai. Outro ramal projetado ligará Cascavel e Chapecó (SC), no centro de um dos maiores polos de proteína animal do país.
PIB
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), recuou novamente no segundo trimestre de 2022 (-1,7%). Com isso, a queda do PIB acumulada no primeiro semestre chegou a 2,48%. O cenário geral explicitado no trimestre anterior se manteve, com a redução sendo resultada em grande medida da forte alta dos custos com insumos no setor, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias.
É importante ressaltar novamente que tal retração se verifica frente ao patamar recorde de PIB alcançado em 2021. Considerando-se os desempenhos parciais da economia brasileira e do agronegócio, estima-se que a participação do setor no PIB total fique por volta de 25,5% em 2022, pouco abaixo dos 27,5% registrados em 2021.